Com meus amigos, desde criança, eu tocava o terror. Fazia arte, mas, já demonstrava saber o que estava fazendo, nunca ultrapassando certos limites. Demorei muito pra entender que, na verdade, o certo era descobrir os limites, e ver quais eram os momentos de ultrapassar, e quais eram para estar abaixo do limite. O perigo é iminente, a vida é curta, e o tempo, ah, este não volta mais. 'O futuro está já aconteceu', se for pensar direito.
Tenho pena das pessoas que não viveram, não se arriscaram, não venceram seus medos, não lutaram contra "seus opressores" de alguma forma.
O que antes chamavam de "valentões da escola/do trabalho", hoje chamam de "bully". Trocaram o termo, mas, a dor ainda é a mesma, não ficou maior por ser dito em inglês agora, e muito menos tem como diminuir por ter sido "simplificado".
Todo mundo tem esqueletos no armário, mas, nem todo mundo tem realmente coragem de tentar melhorar. A maioria prefere ficar estagnado de alguma forma, ao invés de lutar, e se esforçar. Esforço é algo muito "pesado" para a maioria. E eu, que sempre fui considerado covarde por mim mesmo, venci obstáculos que gente que eu considerava forte, não conseguiu superar neles mesmos. Aqueles que eu considerava vencedores, perderam feio pra vida, enquanto eu, mesmo não sendo rico, percebo que sou um vencedor, olhando cada passo que dei, cada escolha (certa ou errada) que fiz.
Meus passos foram árduos, mas cada um teve grandes resultados. Tudo que eu desejava de coração, e lutava pra conseguir, o que era pra ser meu, eu conquistei, e o que não era pra ser, consegui algo melhor no lugar seguindo adiante.
Dizem para não abaixar a cabeça, mas, se eu não tivesse feito isso algumas vezes, não teria observado meus passos, e poderia ter escorregado feio ao pisar em falso como a maioria prefere, afinal, o povo gosta de estar com o nariz empinado, independente da merda que pisem, da banana que as faça escorregar e cair de cara. Eu deixo meu rosto entre o meio e pra baixo, para estar sempre observando, e pouco olho pra cima, porque sei que eu luto pra estar lá em cima e ver de cima pra baixo cada conquista, cada momento, cada angústia, cada choro que engoli, cada situação que tive de enfrentar.
É, eu SOU um VENCEDOR, e demorei MUITO pra perceber isso, mas, finalmente percebi. E sabe o que é mais intrigante? Talvez, se eu tivesse notado antes, talvez eu tivesse deixado de realizar tanta coisa, que fiz por vontade de conseguir vencer.
Fui obrigado a pisar em ovos, em brasa, em fogo, em gelo, em mitos e zoocriptologia interna das pessoas (entenda como quiser), mas, cheguei até aqui, e não pretendo parar. Nem a morte será o final da minha história, meu legado continuará, mesmo após a minha partida, e esta história ainda se estenderá por muitos e muitos tempos.
Já fui aluno, fui professor, fui educado e eduquei, fui maltratado, e também maltratei, fui desculpado e já desculpei. O ser humano é falho, e esta é a perfeição deste tipo de ser vivo. Que graça teria a vida, se tudo fosse cair em nossas mãos sem esforço algum?
Continuo lutando, independente do quanto a vida continue a bater, eu estarei sempre aguentando, aprendendo, me levantando, aumentando minha resistência, e batendo de frente com a vida! Ninguém bate mais forte que a vida, e o que realmente importa não é quantas vezes você conseguiu bater de volta, mas, o quanto aguentou, e continua a aguentar, o quanto conseguiu se levantar.
Já fui amado, deixado, odiado, mal falado. Mas, afinal, quem não passa por todas essas situações, não é mesmo?
Todo pensamento positivo tem um retorno, mesmo que demorado. E vejo que a sorte está ao meu lado, enquanto eu estiver vivo.
Já tive sócios que me puxavam para algo, e em seguida me difamavam, me passavam a perna, somente pelo prazer de me derrubar, ou para parecerem mais "fortes". Essa era a fraqueza deles.
Já tive amigos de todos os tipos, e até "amigos" de vários estilos. Tive gente que me xingava na minha frente, mas, por trás, me defendiam e me elogiavam sem eu saber. Já tive o contrário também, gente que me elogiava na frente, mas, era só me afastar um pouco, faziam minha caveira (e ainda o fazem).
É mal do ser humano, a inveja, a angústia, o medo de rejeição. E tudo que podemos fazer com nosso livre arbítrio é decidir se vamos sucumbir ás tentações, ou se seremos fortes e levar adiante a vida sem errar tanto, aprendendo e crescendo cada vez mais.
Se a gente erra antes, a gente pode se esforçar para não errar mais. Eu acredito nisso, e quem acredita e se esforça, consegue superar.
Muitas vezes, poucas horas de conversa, brincadeiras e situações inusitadas nos fazem conhecer uma pessoa muito mais do que em décadas de convivência. Acredite, sou prova viva disso, em cada relação, cada situação, cada amizade, cada "amor ganho e perdido", individualmente, em velocidades diferentes, conhecia a máscara e a pessoa por trás da máscara. Não me arrependo de ter conehcido cada pessoa que conheci pelo caminho. TODAS me ensinaram algo, e algumas, pude ensinar algo. Pra mim, a vida é uma troca constante de experiências, momentos, idéias.
Este desabafo, tenho minhas dúvidas se alguém vai ler até aqui (ou mesmo se alguém vai ter coragem de COMEÇAR a ler), mas, agradeço a paciência e esforço, afinal, não é todo mundo que se joga no "jeitinho brasileiro" de fingir que viu, só pra não ficar feio pra alguém.
Ganhei e perdi, várias emoções eu senti, e cá estou, crescendo e aprendendo, como sempre farei.
E você? Viveu a vida de verdade, ou apenas fez o que todos queriam que você fizesse?
YATTA!
bye-Q!
Nenhum comentário:
Postar um comentário