O ano começou, eu fazendo duas lives no primeiro dia, uma no meu Twitch, outra no Instagram da CrashTV. Soltei um cover de Sealab 2021 na hora da passagem, no YouTube.
O ano começou frustrante e solitário pra mim. Pessoas se afastando, me ignorando, de repente. Talvez seja mesmo hora de dar uma sumida, mas, por anos... Saindo a vacina, é zarpar pro Japão. As pouquíssimas pessoas que sentirão a minha falta, eu manterei contato. Mas, o meu coração fica guardado aonde ninguém possa achar mais. Melhor assim.
A banda, tá uma incógnita, qual vai ser o futuro. Quando as coisas começam a ir bem, sai alguém, ou povo fica num desinteresse enorme. E o público esperando algo. E eu também, querendo mostrar algo. Mas é ruim quando só eu pareço querer que a banda cresça e dure por décadas. O objetivo era literalmente ter a banda como emprego fixo e único, podendo viver disso. Mas pra isso, era necessário todos se esforçarem.
Tô criando músicas, mas, sou o único da banda sem computador e sem interface de áudio, e sendo o único que está disposto a trabalhar 100% em cima das músicas.
Nos dias atuais, se demora mais de 3 dias pra lançar uma música a ver com algo que está em alta, você perde a chance da sua música ser ouvida. Ou você é veloz, ou fica pra trás. E o povo da banda age como se estivesse nos anos 70, que o mais rápido é demorar meses em cada música. Essa receita não funciona mais desde que vieram o MySpace e adjacentes. Com YouTube, Spotify, Deezer, iTunes, etc, se quiser ter relevância, precisa ser rápido pra gravar e lançar.
Se eu tivesse o computador e a interface de áudio (um computador com 32gb de ram mínimo, e uma Focusrite Scarlet resolviam demais), eu poderia lançar albuns semanalmente. Conheço minha capacidade e tenho agilidade com qualidade. Cansei de ser obrigado a esperar os outros. Duro é conseguir juntar dinheiro pra montar um pc, nessa época sem freelances por causa da pandemia.
Tentei até fazer uma vakinha online, mas, não cheguei nem em 3% do valor mínimo pra um pc básico.
Talvez a única solução seja eu botar uma muda de roupas na mala, power banks, o tripé, o celular e o violão, e cair no mundo, nômade, sem rumo, ganhando a vida tocando um som na rua, e viajando a pé pelo mundo. E ver aonde chego. E me livrar de todos meus sentimentos pelas pessoas.
Talvez seja isso...