OMG! Agora sim, algo retirado do Blog da Folha, quem tiver sonho de ser jornalista, leia... Apesar de precisar atualziar ainda algumas informações, é uma leitura que vale a pena!
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10/08/2010
Como tirar seu MTB
Vixe. Sou jornalista há 22 anos, formada há 15, e nunca fui tirar o meu! Agora que meu amigo Thiago Blumenthal (paciente editor do novo livro que escrevi com a Cris) contou o caminho das pedras tim-tim por tim-tim aqui pros leitores do blog, vou criar vergonha na cara e cuidar disso de uma vez por todas.Acompanhem as orientações:
O
MTB é o registro profissional de jornalista. É um número e um carimbo
na sua carteira profissional que regulariza e oficializa a sua função.
Mas pra que ele serve?
Preciso tirar mesmo?
Quem vai exigir?
Bom,
vamos por partes, iniciando pela última pergunta: alguns veículos
(Globo, Record, por exemplo) exigem esse documento quando contratam um
novo jornalista para suas equipes. Em algum momento, o RH dessas
empresas vai pedir o seu MTB e aí não adianta fazer cara de quem nunca
ouviu falar nisso. Sem MTB na carteira, nada de vaga, procure outro
emprego. Não tem conversa.
Concursos públicos também exigem o registro, por isso, nunca se sabe o dia de amanhã: não custa tirar logo.
O
MTB não serve pra muita coisa de fato. Acaba sendo mais uma exigência
do veículo que está te contratando do que uma obrigatoriedade legal.
Muita gente passa a vida toda exercendo funções jornalísticas e não
tira o registro. E esse jornalista não é nem mais nem menos que aquele
que tem MTB. Mais ou menos como o diploma de uma universidade: algumas
empresas exigem apenas o certificado de que você é formado e tem curso
superior, mas outras (como cargos públicos) pedem o diploma da
universidade cursada. Talvez você nunca vá precisar dele, mas não custa
ter.
O que muita gente se pergunta é: mas não sou formado em jornalismo, tem problema?
Não. De acordo com a decisão de 17 de junho de 2009 do Superior
Tribunal Federal (STF), não há mais obrigatoriedade de diploma de
jornalista para exercer função na área. Portanto, se você é arquiteto,
mas trabalha (ou deseja trabalhar) com jornalismo, pode tirar o seu
registro de jornalista. Simples assim. Quem decide se você é (ou pode
ser) um bom jornalista ou não é o veículo em que você trabalha, não o
governo ou o sindicato nem nada assim. Justo.
A
diferença é que, se você não for formado em jornalismo, o seu registro
ficará como "registro de jornalista", enquanto se você tem essa
formação específica, aí será "registro de jornalista profissional".
Para a empresa que está exigindo o MTB, dá na mesma. O que importa é
ter o registro.
E o que fazer? Onde tirar?
Quem
faz esse serviço é o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cuja
Superintendência aqui em São Paulo fica na rua Martins Fontes, 109
(fica bem ali na parte pra baixo da Augusta, perto da Avanhadava, no
centro / perto do metrô República). Em São Paulo, é só lá que faz (as
gerências e agências regionais nos bairros não fazem esse trabalho). No
site do MTE, tem a lista de todas as capitais brasileiras, com os
endereços e telefones para informações.
Você precisa ter os seguintes documentos à mão:
- RG (original e uma cópia)
- CPF (original e uma cópia)
- Carteira de trabalho (original e cópia das páginas com número, série e qualificação civil)
- Comprovante de endereço (original e cópia)
- PIS (se você não tem aquele Cartão do Cidadão, basta informar o seu número do PIS)
- Diploma (se for formado em Jornalismo)
Diga
que foi tirar registro profissional e algum funcionário irá orientá-lo
para qual seção (dos inúmeros corredores kafkianos da burocracia
infinita) você deve se encaminhar. Terá que preencher dois formulários
bem simples e pronto.
Pronto?
Mais ou menos. Eles vão te dar um protocolo para você voltar dali a
tantos dias (ou meses). Não fica pronto na hora; em São Paulo costuma
demorar dois meses por exemplo. É muito tempo e nem sempre a empresa
que está te contratando pode esperar tanto assim. Por isso, leve também
no dia alguma carta da empresa comprovando a exigência do registro
para aquela vaga. Pode dar certo ou não.
Caso precise mesmo voltar lá daqui um tempo, não se esqueça de levar não só o tal protocolo, mas também a carteira profissional de novo,
que é onde eles vão carimbar ou etiquetar o número do seu MTB. Isso é
muito importante: volte lá com o protocolo + carteira.
O
caso atual é o seguinte: o Ministério do Trabalho e Emprego está em
greve há meses em mais de 20 Estados brasileiros. Isso indica que,
mesmo quando eles voltarem ao trabalho, terão muitos trabalhos por
fazer e o registro deve demorar ainda mais. Portanto, pode ser uma
espera de muitos meses mesmo, talvez um ano ou mais.
E agora, você que está precisando do MTB com urgência? Era o meu caso. Mas não se desespere.
Para
quem mora em São Paulo (cidade ou Estado): desde o dia 22 de julho, a
Gerência Regional de Piracicaba está fazendo esse serviço. Fui lá hoje,
tudo muito tranquilo, com um atendimento que nem parece de
funcionarismo público. Em apenas 90 minutos eles tiraram o meu
registro. Cheguei lá bem cedo, entreguei toda a papelada e, nessa
espera de pouco mais de uma hora, fiquei passeando a pé pela cidade,
tomei um lanche e ainda coloquei a leitura em dia na agradável pracinha
que fica em frente ao bonito e antigo prédio da Gerência Regional.
Valeu muito a pena. Como muita gente não sabe disso (e muita gente está
bem desesperada pra tirar o registro), a dica é muito válida. O
endereço deles é: rua Boa Morte, 1791 - centro de Piracicaba (o
telefone deles é 19 3422-0013).
Pra
quem vai de ônibus, tem que pegar pela viação Piracicabana no Terminal
Tietê. Chegando na rodoviária lá de Piracicaba, fica umas cinco ruas
atrás, bem perto.
Boa sorte! :)
SITES QUE AJUDAM:
Site do MTE: http://www.mte.gov.br/default.asp
Notícia sobre registros feitos em Piracicaba: http://bit.ly/cBKRN7
Escrito por Ana Estela de Sousa Pinto às 18h33
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E aí, o que acharam? É interessante ver que muita coisa mudou, e outras mutias coisas continuam a mesma coisa de sempre!
YATTA!
bye-Q!