Pois é, às vezes a vida nos prega peças, às vezes nos traz apenas boas lembranças para o futuro... Mas, imagine que você está gostando de alguém platonicamente, e eis que a pessoa pede pra você adicionar ela em uma mídia social que vocês tem em comum, vocês se conversam, e curiosamente se dão muito bem, mas, você sente que a pessoa é muita areia pro seu caminhão,e isso te trava, aí, depois de alguns dias conversando muito, e vendo tanto em comum, você acaba convidando pra ir ao cinema, e a pessoa aceita... e você TRAVA! Não sabe o que fazer, o que dizer, que filme escolher.
Bom, em resumo, é assim que eu acabo me comportando mesmo. Não tomo iniciativa, mas, quando rola um breve momento de coragem, aí eu travo. Não sou o único , nem mesmo o primeiro, e muito menos serei o último, mas, logicamente, sempre haverá momento de trava na vida de alguém, de mutias pessoas.
Eu mesmo, nunca sei como agir, mas, tento me manter o mais sensato possível.
O quê fazer? Admitir pra si mesmo que está apaixonado há um tempo por alguém que viu poucas vezes na vida, mas, que quando conversou, se sentiu à vontade? Achar um meio de admitir pra pessoa, sem espantar ela?
A gente nunca sabe como agir. E com certeza, levando em conta a aparência (a pessoa é linda demais e você é só um esquisito), os gostos (ela tem TUDO em comum contigo), a distância (mora em bairro próximo), e a química (um faz o outro sorrir até com coisinhas bestas e quase insignificantes), fica difícil definir se realmente há algo, ou se é apenas amizade. E é sempre aí que a gente empaca. O medo de perder de vez por se arriscar, o medo de ter chances e estar perdendo por causa do medo do Não.
O creme no recheio do Sonho só é alcançado se você toma coragem de comprar o sonho, e saboreia. Se você não vai até a padaria, compra o sonho, pega com a mão e o leva até sua boca, outra pessoa o fará, cedo ou tarde. Ou, na pior das hipóteses, o sonho pode endurecer, estragar, apodrecer e ir pro lixo. Tudo depende de pequenas atitudes, de grandes momentos, de gestos certos. É tudo tão invariável, tão relativo, que em milhares de universos e linhas do tempo paralelas, em algumas tudo deu certo, em outras tudo deu errado, e em algumas, o tempo parou.
E então, o que devo fazer? E como devo fazer?
